quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Remorsos e Decisões




Li este texto hoje e pensei que se encaixa muito, com nossas vidas..então espero que gostem!

Remorsos

Presidente Monson, nós o amamos. Obrigado pelo anúncio inspirado e histórico sobre a construção de novos templos e sobre o trabalho missionário. Devido a eles, estou certo de que grandes bênçãos virão a nós e a muitas futuras gerações.
Queridos irmãos e irmãs, meus queridos amigos! Somos todos mortais. Espero que isso não seja surpresa para ninguém.
Nenhum de nós estará na Terra por muito tempo. Temos um número de anos preciosos, os quais, na perspectiva eterna, mal duram um piscar de olhos.
E então partimos. Nosso espírito “é levado de volta para aquele Deus que [nos] deu vida”.1 Deixamos nosso corpo e as coisas materiais deste mundo para trás ao mover-nos para a próxima esfera da nossa existência.
Quando somos jovens, parece-nos que viveremos para sempre. Achamos que há uma quantidade ilimitada de alvoradas esperando logo além do horizonte, e o futuro nos parece uma estrada ininterrupta que se estende infinitamente a nossa frente.
Contudo, quanto mais velhos ficamos, mais tendemos a olhar para trás e a nos admirar de quão curta é a estrada na verdade. Ficamos assombrados ao ver como os anos passaram tão rapidamente. E começamos a pensar nas escolhas que fizemos e nas coisas que realizamos. Nesse processo, lembramos de muitos momentos agradáveis que nos aquecem a alma e alegram o coração. Mas lembramos dos remorsos — das coisas que gostaríamos de voltar no tempo e mudar.
Uma enfermeira que cuida de doentes terminais disse que geralmente faz uma simples pergunta a seus pacientes quando estes se preparam para deixar esta vida.
“Tem algum remorso?” pergunta ela.2
Essa proximidade do dia final da mortalidade geralmente produz uma clareza de pensamentos e proporciona entendimento e perspectiva. Portanto, quando ela perguntava àquelas pessoas sobre seus remorsos, eles abriam o coração. Refletiam sobre o que teriam mudado se pudessem voltar no tempo.
Ao considerar o que disseram, chamou-me a atenção o quanto os princípios fundamentais do evangelho de Jesus Cristo podem influenciar o rumo de nossa vida para o bem, se simplesmente os colocarmos em prática.
Nada há de misterioso em relação aos princípios do evangelho. Nós os estudamos nas escrituras, trocamos ideias sobre eles na Escola Dominical e os ouvimos do púlpito muitas vezes. Esses princípios e valores divinos são diretos e claros. São belos, profundos e poderosos, e sem dúvida podem ajudar-nos a evitar remorsos futuros.

Gostaria de Ter Passado Mais Tempo com as Pessoas Que Amo

Talvez o remorso mais universal que os pacientes terminais expressaram foi o de que desejariam ter passado mais tempo com as pessoas a quem amavam.
Os homens, em especial, entoam esta lamúria universal: “Lamentam profundamente ter passado tanto tempo de sua vida no moinho [diário] do (…) trabalho”.3 Muitos perderam a oportunidade de criar recordações especiais de momentos que passaram com a família e com os amigos. Sentem falta de ter desenvolvido um vínculo profundo com aqueles que mais significavam para eles.
Não é verdade que com frequência ficamos ocupados demais? Além disso, é triste dizer, até usamos nosso trabalho como uma medalha de honra, como se o fato de estarmos atarefados, por si só, fosse uma realização ou um sinal de uma vida superior.
Mas será que é?
Penso em nosso Senhor e exemplo, Jesus Cristo, e em Sua curta vida em meio ao povo da Galileia e de Jerusalém. Tentei imaginá-Lo correndo de uma reunião para outra ou fazendo mil coisas ao mesmo tempo para cumprir uma lista de coisas urgentes.
Não consigo ver isso.
Em vez disso, vejo o compassivo e carinhoso Filho de Deus vivendo com propósito a cada dia. Quando Ele interagia com as pessoas a Seu redor, elas se sentiam importantes e amadas. Ele conhecia o infinito valor das pessoas que encontrava. Ele as abençoou e ministrou a elas. Ergueu-as e curou-as. Deu-lhes a preciosa dádiva de Seu tempo.
Em nossos dias, é fácil simplesmente fingir que passamos um tempo com as pessoas. Com um clique do mouse podemos “conectar-nos” com milhares de “amigos” sem sequer ter de encarar um só deles. A tecnologia pode ser uma coisa maravilhosa, e é muito útil quando não podemos estar próximos de nossos entes queridos. Minha mulher e eu moramos bem longe de preciosos familiares; sabemos como é isso. Contudo, creio que não estamos indo na direção certa, tanto individualmente quanto como sociedade, quando nos conectamos com a família ou amigos especialmente para repassar imagens bem-humoradas, reencaminhar coisas triviais ou enviar links da Internet a nossos entes queridos. Suponho que haja espaço para esse tipo de atividade, mas quanto tempo estamos dispostos a ocupar-nos com isso? Se deixarmos de compartilhar nossa presença, nosso tempo e nossa atenção exclusiva com aqueles que nos são realmente importantes, um dia teremos remorso disso.
Tomemos a decisão de valorizar aqueles a quem amamos passando um tempo significativo com eles, fazendo coisas juntos e cultivando lembranças preciosas.

Gostaria de Ter Vivido à Altura de Meu Potencial

Outro remorso que as pessoas expressaram foi o de terem deixado de se tornar a pessoa que sentiam que poderiam e deveriam ter sido. Ao rever sua vida, deram-se conta de que nunca viveram à altura de seu potencial, e que muitas possibilidades não foram plenamente aproveitadas.
Não estou falando aqui de galgar a escada do sucesso em nossas várias profissões. Essa escada, por mais sublime que possa parecer nesta Terra, nem chega a representar um único degrau na grande jornada eterna que nos aguarda.
Em vez disso, refiro-me a tornar-nos a pessoa que Deus, nosso Pai Celestial, desejava que fôssemos.
Chegamos a este mundo, como disse o poeta, “trilhando nuvens de glória”,4 vindo da esfera pré-mortal.
Nosso Pai Celestial vê nosso real potencial. Ele sabe coisas a nosso respeito que nós mesmos não sabemos. Ele nos inspira durante a vida a cumprirmos a medida de nossa criação, a vivermos uma boa vida e a retornarmos a Sua presença.
Por que, então, dedicamos tanto de nosso tempo e de nossa energia a coisas que são tão fugazes, tão sem importância e tão superficiais? Por que nos recusamos a ver a insensatez de buscar coisas triviais e temporárias?
Não nos seria mais sensato “[ajuntar] tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam”?5
Como fazemos isso? Seguindo o exemplo do Salvador, incorporando Seus ensinamentos a nosso cotidiano e realmente amando a Deus e a nosso próximo.
Sem dúvida não podemos realizar isso com uma abordagem de discipulado do tipo “fazer de má vontade”, “ficar olhando para o relógio” ou “reclamar o tempo todo”.
No tocante à aplicação prática do evangelho, não podemos ser como o menino que só molha o dedão do pé na água e diz que nadou. Como filhos e filhas de nosso Pai Celestial, somos capazes de fazer muito mais. Para isso, as boas intenções não são suficientes. Precisamos fazer. E ainda mais importante, precisamos tornar-nos o que o Pai Celestial deseja que sejamos.
É bom declarar nosso testemunho, mas ser um exemplo vivo do evangelho restaurado é melhor. É bom desejar sermos mais fiéis a nossos convênios; mas é bem melhor realmente ser fiel aos convênios sagrados, o que inclui viver de modo virtuoso, pagar nosso dízimo e nossas ofertas, cumprir a Palavra de Sabedoria e prestar serviço aos necessitados. É bom anunciar que vamos dedicar mais tempo à oração familiar, ao estudo das escrituras e a atividades familiares sadias; mas é quando realmente fazemos todas essas coisas com constância que recebemos as bênçãos do céu em nossa vida.
O discipulado é a busca da santidade e da felicidade. É o caminho para uma existência melhor e mais feliz.
Tomemos a decisão de seguir o Salvador e de trabalhar com diligência para nos tornar a pessoa que fomos designados a nos tornar. Ouçamos e obedeçamos aos sussurros do Santo Espírito. Ao fazermos isso, o Pai Celestial vai revelar-nos coisas que não sabíamos a nosso próprio respeito. Ele vai iluminar o caminho a nossa frente e abrir nossos olhos para que vejamos nossos talentos que desconhecíamos ou nem sequer imaginávamos que existiam.
Quanto mais nos dedicarmos à busca da santidade e da felicidade, menos provável será que estejamos no caminho do remorso. Quanto mais confiarmos na graça do Salvador, mais sentiremos que estamos no caminho que nosso Pai Celestial planejou para nós.

Gostaria de Ter-me Permitido Ser Mais Feliz

Outro remorso daqueles que sabem que estão morrendo pode ser de certa forma surpreendente. Eles desejariam ter-se permitido ser mais felizes.
Muito frequentemente temos a ilusão de que há algo que está quase a nosso alcance e que nos traria felicidade — uma melhor situação familiar, uma melhor condição financeira ou o fim de uma provação difícil.
Quanto mais velhos ficamos, mais olhamos para trás e nos damos conta de que as circunstâncias externas realmente não importam nem determinam nossa felicidade.
Nós é que importamos. Nós determinamos nossa felicidade.
Vocês e eu, no final das contas, é que estamos encarregados de nossa própria felicidade.
Minha mulher, Harriet, e eu adoramos andar de bicicleta. É maravilhoso sair ao ar livre e desfrutar as belezas da natureza. Temos certas rotas que gostamos de percorrer de bicicleta, mas não prestamos muita atenção à distância que percorremos ou na rapidez em que viajamos em relação aos outros ciclistas.
Contudo, às vezes, eu penso que deveríamos ser um pouco mais competitivos. Até acredito que conseguiríamos fazer um tempo melhor ou ir mais depressa se apenas nos esforçássemos um pouco mais. E às vezes até cometo o grande erro de mencionar essa ideia para minha maravilhosa esposa.
Sua reação típica para minhas sugestões dessa natureza é sempre muito bondosa, bem clara e muito direta. Ela sorri e diz: “Dieter, não estamos numa corrida, é um passeio. Desfrute o momento”.
Como ela está certa!
Às vezes na vida, ficamos tão concentrados na linha de chegada que deixamos de encontrar alegria na jornada. Não saio para andar de bicicleta com minha mulher porque estou entusiasmado com a chegada. Eu vou porque a oportunidade de estar com ela é muito agradável e prazerosa.
Não parece tolice destruir experiências pessoais agradáveis e felizes por estarmos constantemente ansiando pelo momento em que elas chegarão ao fim?
Será que ouvimos uma bela música esperando que a nota final deixe de soar antes de nos permitir desfrutá-la de verdade? Não. Ouvimos e nos conectamos com as variações da melodia, do ritmo e com a harmonia da composição musical.
Será que fazemos oração tendo apenas o “amém” ou o final dela em mente? É claro que não. Oramos para nos aproximar de nosso Pai Celestial, para receber Seu Espírito e sentir Seu amor.
Não devemos esperar até que cheguemos a um ponto futuro para sermos felizes, ou para descobrir que a felicidade já estava a nosso alcance — o tempo todo! A vida não foi feita apenas para ser apreciada retrospectivamente. “Este é o dia que fez o Senhor (…)”, escreveu o salmista. “Regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.”6
Irmãos e irmãs, sejam quais forem as circunstâncias, sejam quais forem nossos desafios ou nossas provações, há algo em cada dia para entesourar e valorizar. Há algo em cada dia que pode suscitar gratidão e alegria, se apenas o virmos e apreciarmos.
Talvez devêssemos olhar menos com os olhos e mais com o coração. Adoro esta citação: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.7
Somos ordenados a “render graças por todas as coisas”.8 Então não seria melhor ver com os olhos e o coração até as pequenas coisas pelas quais podemos ser gratos, em vez de magnificar as coisas negativas em nossa situação atual?
O Senhor prometeu: “E aquele que receber todas as coisas com gratidão será glorificado; e as coisas desta Terra ser-lhe-ão acrescentadas, mesmo centuplicadas”.9
Irmãos e irmãs, com as abundantes bênçãos de nosso Pai Celestial, Seu generoso plano de salvação, as sublimes verdades do evangelho restaurado e as muitas belezas desta jornada mortal, “não temos razão para regozijar-nos?”10
Decidamos ser felizes, independentemente de nossa situação.

Decisões

Um dia, daremos aquele passo inevitável e passaremos desta esfera mortal para o estado seguinte. Um dia, olharemos para trás em nossa vida e nos perguntaremos se poderíamos ter agido melhor, tomado decisões melhores ou usado nosso tempo com mais sabedoria.
Para evitar alguns dos remorsos mais profundos da vida, seria sensato tomarmos algumas decisões hoje. Portanto, vamos:
  1. Decidir passar mais tempo com aqueles a quem amamos.
  2. Decidir esforçar-nos mais sinceramente para tornar-nos a pessoa que Deus deseja que sejamos.
  3. Decidir encontrar felicidade, independentemente de nossa situação.
É meu testemunho que muitos dos mais profundos remorsos de amanhã podem ser evitados se seguirmos o Salvador hoje. Se tivermos cometido pecados ou erros — se fizemos escolhas das quais agora sentimos remorso — há a preciosa dádiva da Expiação de Cristo, por meio da qual podemos ser perdoados. Não podemos voltar no tempo e mudar o passado, mas podemos nos arrepender. O Salvador pode enxugar nossas lágrimas de remorso11 e remover o fardo de nossos pecados.12 Sua Expiação permite que deixemos o passado para trás e que prossigamos com mãos limpas, com um coração puro13 e com a determinação de agir melhor e especialmente de nos tornarmos melhores.
Sim, esta vida passa rapidamente. Nossos dias parecem sumir velozmente, e a morte parece assustadora, às vezes. Não obstante, nosso espírito continuará a viver e um dia será unido a nosso corpo ressuscitado para receber glória imortal. Presto solene testemunho de que graças ao misericordioso Cristo, todos viveremos novamente e para sempre. Graças a nosso Salvador e Redentor, um dia compreenderemos realmente e nos regozijaremos com o significado das palavras “o aguilhão da morte é desfeito em Cristo”.14
O caminho para o cumprimento de nosso destino divino como filhos e filhas de Deus é eterno. Queridos irmãos e irmãs, queridos amigos, precisamos começar a trilhar esse caminho eterno hoje. Não podemos desperdiçar um único dia sequer. Oro para que não esperemos até estarmos prestes a morrer para realmente aprendermos a viver. No sagrado nome de Jesus Cristo. Amém.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Tudo de novo, outra vez....

Nossa faz um tempão que não escrevo a vida tava um pouco corrida fim de semestre, peguei exame (rsrsrsrs, mas agora já ta tudo bem)
Fico até envergonhada pelo que vou falar, mas tive uma recaída com o meu ex, ele foi visitar nossa filha, daí começamos a conversar e ficamos Juntos, incrível como eu co-dependente, estando ótima, maravilhosamente bem, achando que estava super recuperada, mudada que conseguiria viver um relacionamento saudável com ele, pois eu havia mudado.
Ahahahahaha  pobre ilusão essa minha, ficamos juntos uma semana, fizemos planos, conversamos sobre alugarmos uma casa em uma cidade vizinha, voltei acreditar numa possível vida em paz.
Mas uma semana depois, apenas uma semana, minha vida virou de cabeça para baixo,
Sexta-feira passada deixei a chave da minha casa com ele, ele falou que queria comer peixe (a co-dependente aqui saiu do serviço e foi no mercado comprar peixe, até que meu telefone toca era ele, falando que tava na minha casa com vontade de sair e usar droga, nossa quase pirei, sai correndo pegar ônibus, deixei o peixe, peguei o ônibus mais carro por ser o mais rápido, liguei umas cinco vezes durante o caminho, desci há uns 15 minutos da minha casa, sai correndo, cheguei em casa, ele tava lá, daí sentamos na cama.
Comecei a falar com ele, falar que temos um problema, que precisamos nos tratar buscar uma solução, pois íamos deixar de fazer algo que havíamos combinado (Jantar peixe) devido ao problema dele.
Nossa pra que eu fui abrir minha boca, ele começou a falar que era pra eu cuidar da minha recuperação que da dele ele mesmo cuidava, que ia embora dormir na casa dele, daí surtei como antes, pois eu sabia que ele queria usar droga, daí falei se você sair, não vou querer mais você, fiz tudo como antes, chorei, gritei, daí ele se acalmou e ficou.
No sábado, ele tava um saco, chato, implicando por tudo, mais o dia passou, fomos ao mercado, compramos o peixe, o bispo da Igreja ligou no meu celular ele atendeu e combinou com o bispo que ia para a Igreja no domingo, o bispo ficou de nos pegar em casa.
Chegamos em casa do mercado, temperei o peixe para assarmos no domingo, jantamos e fomos dormir, no domingo pela manha, acordei as 7:00, quando tava levantando da cama, ele pediu pra eu ficar um pouco mais, daí falei não posso vou passar sua roupa (tava td amassada, porque ele havia colocado dentro da mochila) levantei, passei a roupa dele, chamei ele para tomar banho isso as 7:30 ele levantou todo mal humorado, pedi pra ele pegar a escova de cabelo no banheiro, ele começou a reclamar, nossa fiquei doida, comecei a gritar, joguei a escova no chão, falei que não agüentava mais o mal humor dele.

Ele falou que eu não fazia nada para deixar ele feliz, que havia pedido pra eu ficar na cama, e eu levante.
Caramba levantei 30 minutos antes, para passar a roupa dele, enquanto o bonito ficou na cama dormindo no quentinho, e nem pra me agradecer, ele começou a colocar a roupa e falou que ia embora, falei você tem certeza?
Ele falou que sim que tinha certeza, que nunca mais ia entrar na minha casa e que não ia mais me procurar.
Ok, o deixei  ir, me arrumei fui pra Igreja contei tudo para o Bispo.
Cheguei da Igreja, assei o Peixe almocei com minha filha, mãe, meus irmãos que foram lá em casa, e tive um domingo maravilhoso.
Pois, ontem ele teve coragem de me procurar, ah mandei pro Inferno.
Meu casamento realmente chegou ao fim, nossa ele na minha vida é igual a droga me faz mal seja em qualquer quantidade, nossa só de pensar em ficar ao lado dele, me dói, em pensar no mal humor dele, na alteração de humor o tempo todo, me cansa.
Quero um relacionamento saudável, quero um companheiro, alguém equilibrado, sei que preciso me tratar, me equilibrar também, pois, quero mais pra minha vida do que viver nessa montanha russa.
Agora que acabaram minhas aulas, terei mais tempo de me tratar de ir ao Nar – anon, mais não por que querer ficar bem com ele (pois realmente meu casamento acabou) mas quero ir para ficar de bem comigo mesma.

Bom é isso...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Olho do Furacão


Boa tarde pessoal!!!
Quero falar hoje sobre, estar dentro do olho do furacão! Sei que muitas de vocês sabem exatamente o que é estar dentro do olho do furacão!
Quando estamos passando por problemas, acabamos esquecendo dos dias bons, de como é ser feliz, achamos que aquela dor nunca vai passar.
Quando descobri a adicção do meu ex- marido, senti uma dor tão grande que achava que minha dor era a maior que um ser humano poderia sentir, mas os dias passaram ele entrou em uma fase de ativa que sucedeu a sua internação, nossa que dor era aquela? Que sentimento de solidão que eu senti naqueles dias, viver ao lado de um adicto é conviver com o sentimento de se estar sozinha e que até Deus nos esqueceu.
Sempre que eu sentia aquele buraco na alma, como se nada na vida tivesse mais sentido, eu me lembrava de uma poesia:
No inverno e na dor, quase sempre esquecemos que a vida é uma serie de começos e fins... Ai vem a primavera.
Hoje depois de muita lagrima a dor passou, a cicatriz vai ficar lá pra sempre, mas a dor passou, hoje quando a tristeza bate na minha porta tento olhar para cima, tento enxergar a vida com os olhos da serenidade!  .
Hoje depois de dois anos convivendo com isso, se me perguntassem se eu preferia apagar essa parte da minha vida, certamente eu falaria não, conviver com um DQ, realmente me fez sentir as maiores dores que já senti na vida, porém me fez crescer de uma forma tão incrível, hoje eu sou muito mais sofrida que antes é claro, mas hoje eu procuro constantemente melhorar, procuro meu ponto de equilíbrio, em todas as minhas relações, hoje eu aceito mais facilmente o outro e principalmente me aceito mais.
Então minha mensagem hoje é, por maior que seja a dor que você esta sentindo, por mais sozinha que esteja, tente olhar para cima, tente lembrar-se de como é ser feliz, às vezes esquecemos e nos acostumamos com uma vida sofrida. Procurem um grupo de ajuda, existem outras pessoas que compartilham da mesma dor, já que não podemos fazer nada pela doença do nosso ente querido, que façamos então pela nossa doença!
Lembrem de ser felizes!!! Boa semana a todas!!!
Estamos Juntas sempre...

segunda-feira, 4 de junho de 2012





Fim de Semana tranqüilo, Sábado fiquei em casa com minha pequena, arrumando a casa e assistindo TV.

No Domingo foi aniversario da sobrinha da madrinha da minha filha (uma das minhas melhores amigas) a turma estava toda lá, enquanto as crianças brincavam, nós ficamos conversando.

Tenho outra melhor amiga que também esta lá, ela esta no ultimo ano de psicologia e faz estagio em uma clinica de recuperação, ficamos conversando muito sobre co – dependência, ela tava falando que é muito difícil não se apegar, não torce pela recuperação, que quando os internos saem e tem recaídas ela fica muito mal, e com aqueles a quem pegou carinho especial, ela tem que segurar as lagrimas.

Estávamos conversando sobre como esses sentimentos é muito maior para a Família, do DQ. Que aposta todas as fichas na internação.

Conversamos sobre meus medos, meu medo de ter um próximo relacionamento e de me entregar, e de sofrer como sofri com meu ex marido, pois mesmo antes dele se envolver com Drogas, eu era muito dependente dele, queria controlar ele a qualquer custo, deixei minha vida social, para me dedicar apenas para ele, então tenho muito medo.

Ela falou sobre a importância de eu me tratar, fazer terapia, melhorar minha auto – estima, para eu poder ter um relacionamento saudável, que é meu maior sonho, pois sofri muito.

Conversamos sobre cabelos (ela acha que eu como boa loira que sou entendo muito de cabelo)

Catamos bem alto todos juntos, um fio de cabelo no meu paletoooooooooooooooooooooooo

Combinamos o próximo Churras e a ida para praia (Já que minha mãe esta construindo uma casa na praia)

Foi uma tarde muito agradável, com amigos super do bem, e que me fazer um bem maior do que eles imaginam.

Hoje de volta a rotina, bebe na escolinha, sai cedinho pra trabalha e só volta meia noite, depois do curso.

To trabalhando, estudando, correndo atrás, meu ex-marido nem sei por onde anda, nem sei o que ta fazendo da vida, às vezes sinto vontade de liga mais, parece que tem uma força maior que me segura e não consigo.

Fico inconformado como a droga tira os sentimentos da pessoa que faz uso, meu ex não ta nem aí se minha filha tem comida, se tem roupa, se ta bem, se ta com saúde, se ta com saudade, ele fechou a Janela para o mundo real.

Bom, mais só por hoje vou cuidar apenas de mim e da minha pequena, pois eu Graças a meu bom P.S não quero nunca fechar a Janela para a realidade.




quarta-feira, 9 de maio de 2012

Outra realidade...



Essa semana estou um pouco introspectiva, deve ser porque sábado é meu aniversario,
Hoje em especial, estou muito baixo astral, penso na minha vida de antes do meu esposo (não quando ele começou a usar droga, mas antes de conhecer ele)
Eu tinha vida própria, fazia teatro (minha grande paixão, sempre quis ser atriz) saia com meus amigos, me preocupava apenas comigo, era bonita, magra, feliz...eu era feliz...
Duas coisas atrapalharam meus sonhos de futuro, uma foi ter me filiado a uma religião, outra foi conhecer meu esposo.
A igreja é ótima, adoro estar Lá, mas sou do tipo muito intensa, já que é pra ir para igreja tenho que ser a melhor,  me cobro muito para fazer tudo certo, para ser uma boa moça. A igreja me poda muito, queria ser livre fazer teatro, viver o momento, mas me sinto presa aos ensinamento que tenho..dai sufoco os meus sonhos e viro novamente a boa moça.
A outra foi conhecer meu esposo, ele gostou dessa maneira boa moça, e minha co dependência adora estar ao lado dele, assim que começamos a nossa relação, cortei toda minha vida social, exclui meus amigos, o teatro, a felicidade.
Amo...ou acho que amo meu marido, mas eu tenho 25 anos (até sábado rsrs) e quero mais da vida do que o que tenho hoje.
Queria fugir, sair correndo, pegar a estrada, ir para outro lugar, para outra cidade, outro estado, só eu e minha filha, queria ser livre. A minha relação com meu marido é muito pesada, onde vc ta? Com quem? Que horas vai chegar? Essa saia ta muito curta...caramba a janta ainda não ta pronta?
Parece que todo mundo ta tão feliz, com as escolhas que fez na vida, e eu ai...
Hoje só por hoje eu não teria aceito o convite da minha amiga para ir a Igreja, sopor hoje eu não teria aceito o convite do meu esposo para sair, so por hoje eu queria ter meus 15 anos de volta e ter a felicidade que eu tinha antes...





sexta-feira, 4 de maio de 2012

E o Fim..que não é bem fim...



Como havia dito, foi sugerido que os familiares freqüentassem o Nar – Anon ,
Peguei minha filha de Três anos, a coloquei nos braços e fomos apenas nós duas..
Existia tanto preconceito dentro de mim, pois eu pensava que encontraria apenas mulheres do tipo “Mulher de malandro” como falei antes nunca tive contanto com pessoas que usavam drogas, meu esposo foi o primeiro.
Cheguei a porta estava fechada, fiquei na porta esperando até que chegou uma mulher de 22 anos, começamos a conversar , ela estava noiva de um rapaz DQ, estava com ele a 1 ano e 8 meses e ele estava limpo a 2 anos, nunca tinha visto a garota na minha vida, ela estava sendo super bacana comigo, e a minha reação (estando eu super doente e muito ferida com tudo que havia passado na ativa do meu esposo) falei sem pestanejar :
Amiga você é louca? Você não sabe o que é esperar seu marido a noite toda, meu marido se tornou DQ se ele fosse antes da gente namorar eu nunca tinha ficado com ele.
Ela ficou me olhando, não falou nada, hoje me sinto envergonhada pelas palavras duras que falei, hoje somos amigas, hoje sempre que nos vemos, nos abraçamos apertado, hoje torço por sua felicidade...
 Sofri muito aquele mês, tinha direito a duas ligações por semana de 5 minutos, as terça-feira os pais dele ligavam, as quinta-feira eu ligava, esperava ansiosa pela hora da ligação, so poderia ver meu esposo um mês depois da internação, então o momento de ligar era muito importante para mim, mas ele foi frio em todas as ligações perguntava se ele me amava ele falava que não sabia.
O período da internação foi muito difícil, mas também, foi uma época boa para rever os amigos, para pensar em mim, fazer as coisas que tinha vontade e que na ativa da minha doença não conseguia.
 E finalmente um mês se passou, e chegou a hora da visita, achei que ele fosse terminar o nosso casamento devido a forma como falava comigo no telefone.
Arrumei-me toda, fiquei linda de morrer e as 13:00 quando a instituição abriu as portas eu fui a primeira a chegar.
Quando minha filha o viu saiu correndo, gritando papai, papai ele se abraçaram, e assim que o abraço acabou ele veio em minha direção, nos abraçamos longamente e nos beijamos mas longamente ainda, ele tava lindo, tinha ganho peso, estava com uma fisionomia ótima.
Passamos uma tarde maravilhosa, ele ficou um pouco enciumado, pois eu havia saído com minhas amigas, mas entendeu que eu precisava de um tempo de diversão.
 Fui embora com uma dor no peito, a hora de ir embora sem duvida é a mais difícil, minha filha chorou porque não queria deixar o papai, mas fomos eembora.
No dia seguinte por volta das 21:00 os pais dele chegaram na minha casa, falando que ligaram da clinica e que ele queria sair, que tentaram falar com ele, mas ele já tinha decidido.
Como meu Bebe já estava dormindo, não fui até a clinica, 30 minutos depois ele chegou,
Estava preocupada com sua saída, apenas um mês de internação, mas também estava feliz porque teria meu marido de volta, e estávamos Juntos nós três Juntos!!!
Continuação...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Meio...

Por quase um ano, depois que já sabia o verdadeiro motivo das noites em claro do meu esposo, entrei em circulo vicioso de recaídas, promessas, esperanças e recaídas novamente, agora com uma diferença, ele não voltava, mas para casa e ficava na varanda, falava que tinha vergonha de eu o visse drogada, esperava eu sair para trabalhar dai entrava em casa...nunca chorei tanto como naquelas noites..sozinha sem saber o que fazer, sem ter com que falar.
O ano terminou e as promessas de que 2011 seria um ano diferente que nunca mais eu teria que esperar por ele acordada...em meios aos fogos nos abraçamos e eu acreditei, mas o sonho de um ano diferente acabou dias apos chegarmos de viagem.
Até que num sem forças alguma para lutar, falei apos uma recaída que se caso as coisas não mudassem eu não iria mais agüentar aquela dor sozinha, que eu queria que ele falasse com os pais dele, pois foi o que aconteceu, sem muito sucesso na sua recuperação ele chamou a Mãe e a Vó dele em nossa casa e contou que estava com problemas, que estava viciado em cocaína, no fim de semana fomos para Praia e contou para o Pai.
Pensei, agora acho que com todos ajudando as coisas vão melhorar.
Pura ilusão entrou em um emprego em Março e em Maio, três meses depois já tinha sido demitido.
Até que no dia 7/06/2011 não agüentei mais pedi a separação, ele saiu de casa e ficou por três dias na casa de uns "Amigos" da ativa, chegou três dias depois irreconhecível, magro, olho fundo, pediu para voltar, falei que dentro de casa daquele jeito não, pediu para ir morar na casa as Mãe, que falou o mesmo que eu, sugerimos então uma clinica.
Entramos na internet e achamos uma clinica duas ruas a baixo da minha casa, sempre passei na frente, mas não imaginava que ali era uma clinica de reabilitação.
Conversamos com Diretora uma mulher incrível , ex usuária de crack, limpa a 9 anos, graças a Deus achamos essa clinica, muito boa, preço acessível, segue os 12 passos, pois sei que muitos no desespero do momento acabam caindo em clinicas sem nenhuma estrutura.
Ele se internou no dia 10/07/2011, a clinica sugeriu que a família freqüentasse o Nar – Anon.
Mas isso é para o próximo poste.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

E como tudo começou...

Conheci meu esposo em 2005, foi amor a primeira vista, fomos a presenteados por uma amiga em comum da época do Teatro, ficamos nos paquerando e um mês depois grudamos e não largamos mais...passaram se cincos anos e tínhamos um relacionamento " Normal", casamos tivemos uma filha que hoje tem três anos e a vida seguia normalmente, até que meu esposo começou a sentir insônia, todas as noites quando ele chegava da faculdade (ultimo ano de Direito) ele ficava na varanda a fumar, por vezes acordei no meio da madrugada e ele estava na varanda, e saia para trabalhar por volta as 06:30, que era a hora que entrava em casa e ia tomar banho para trabalhar, pensava hoje ele vai dormir, mas noites em claro se repetirá..até que ele perdeu o emprego dai , quando eu saia para trabalhar ele tava indo dormir.
Comecei a desconfia que ele estava usando droga, mas sempre que este pensamento vinha minha mente e mandava ela embora com todos os meus preconceitos de que não conhecia nada sobre DQ, pensava imagina isso é coisa de gente sem instrução, de favelado, imagina meu marido super inteligente que ia se meter com isso...
Até que no dia 07/07/2010 ele saiu de casa por volta de umas 21h00min muito agitado falando que ia à casa da Vovó, pois precisava falar com ela, e não voltou..passei a noite sentada na cama sem saber onde estava meu esposo, era uma noite muito fria, chovia muito..e onde ele poderia estar...
Chegou por volta das 06h00min deitou na cama me abraço forte começou a chorar como uma criança, eu perguntava  desesperada o que tinha acontecido e ele só pedia para que eu não saísse do lado dele...
Eu falei, amor pode falar eu to aqui para te ajudar, o que aconteceu?
Ele sem conseguir olhar nos meus olhos falou, é que de vez em quando eu uso droga..
comecei a chorar, mas como não tinha noção que o buraco era mais em baixo, falei, amor calma, tudo bem, eu to aqui, sua filha ta aqui, vai da tudo certo, fica em paz.
Passei o dia tratando ele como se fosse um doente que passou a noite no hospital, fiz a comida predileta, falei para nossa filha não fazer barulho que o papai estava dormindo..e foi ai que começou minha luta diária contra um inimigo que por vezes julguei que só pessoas de baixa renda eram atingidos por ele, um inimigo que quando soube que estava na minha casa julguei ser pequeno...eis o começo...