sexta-feira, 4 de maio de 2012

E o Fim..que não é bem fim...



Como havia dito, foi sugerido que os familiares freqüentassem o Nar – Anon ,
Peguei minha filha de Três anos, a coloquei nos braços e fomos apenas nós duas..
Existia tanto preconceito dentro de mim, pois eu pensava que encontraria apenas mulheres do tipo “Mulher de malandro” como falei antes nunca tive contanto com pessoas que usavam drogas, meu esposo foi o primeiro.
Cheguei a porta estava fechada, fiquei na porta esperando até que chegou uma mulher de 22 anos, começamos a conversar , ela estava noiva de um rapaz DQ, estava com ele a 1 ano e 8 meses e ele estava limpo a 2 anos, nunca tinha visto a garota na minha vida, ela estava sendo super bacana comigo, e a minha reação (estando eu super doente e muito ferida com tudo que havia passado na ativa do meu esposo) falei sem pestanejar :
Amiga você é louca? Você não sabe o que é esperar seu marido a noite toda, meu marido se tornou DQ se ele fosse antes da gente namorar eu nunca tinha ficado com ele.
Ela ficou me olhando, não falou nada, hoje me sinto envergonhada pelas palavras duras que falei, hoje somos amigas, hoje sempre que nos vemos, nos abraçamos apertado, hoje torço por sua felicidade...
 Sofri muito aquele mês, tinha direito a duas ligações por semana de 5 minutos, as terça-feira os pais dele ligavam, as quinta-feira eu ligava, esperava ansiosa pela hora da ligação, so poderia ver meu esposo um mês depois da internação, então o momento de ligar era muito importante para mim, mas ele foi frio em todas as ligações perguntava se ele me amava ele falava que não sabia.
O período da internação foi muito difícil, mas também, foi uma época boa para rever os amigos, para pensar em mim, fazer as coisas que tinha vontade e que na ativa da minha doença não conseguia.
 E finalmente um mês se passou, e chegou a hora da visita, achei que ele fosse terminar o nosso casamento devido a forma como falava comigo no telefone.
Arrumei-me toda, fiquei linda de morrer e as 13:00 quando a instituição abriu as portas eu fui a primeira a chegar.
Quando minha filha o viu saiu correndo, gritando papai, papai ele se abraçaram, e assim que o abraço acabou ele veio em minha direção, nos abraçamos longamente e nos beijamos mas longamente ainda, ele tava lindo, tinha ganho peso, estava com uma fisionomia ótima.
Passamos uma tarde maravilhosa, ele ficou um pouco enciumado, pois eu havia saído com minhas amigas, mas entendeu que eu precisava de um tempo de diversão.
 Fui embora com uma dor no peito, a hora de ir embora sem duvida é a mais difícil, minha filha chorou porque não queria deixar o papai, mas fomos eembora.
No dia seguinte por volta das 21:00 os pais dele chegaram na minha casa, falando que ligaram da clinica e que ele queria sair, que tentaram falar com ele, mas ele já tinha decidido.
Como meu Bebe já estava dormindo, não fui até a clinica, 30 minutos depois ele chegou,
Estava preocupada com sua saída, apenas um mês de internação, mas também estava feliz porque teria meu marido de volta, e estávamos Juntos nós três Juntos!!!
Continuação...

Um comentário:

  1. Me identifico:
    http://modificaramimmesma.blogspot.com.br/2009/08/grupos-de-ajuda-mutua-o-que-eu.html

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